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sábado, 30 de abril de 2011

Operário Ferroviário Esporte Clube - 99 anos


Neste dia 1 de maio de 2011, o Operário Ferroviário, o popular “Alvinegro de Vila Oficinas” comemora 99 anos de existência. E isso não é pouco, apenas um seleto grupo de clubes esportivos brasileiros resistiu aos percalços do tempo, alcançando tão longa existência, sendo não somente o mais antigo clube futebolístico do interior do Paraná, mas também o mais antigo clube Operário em atividade.

Podemos considerar o Operário ferroviário como um clube emblemático. Começando pela forte relação existente entre um clube esportivo e a gigantesca classe proletária e trabalhadora da cidade de Ponta Grossa. Em sua longa e rica história, o Operário surge com a finalidade representar e ser um espaço de lazer e descontração para os antigos ferroviários funcionários da antiga Rede Viação Paraná - Santa Catarina, responsáveis pela construção desta importante ferrovia que por décadas foi o principal e mais moderno meio de ligação e transporte para a cidade de Ponta Grossa, tendo papel determinante para o crescimento e avanço desta cidade.

Vemos também a escolha para a data de comemoração de seu dia. O mesmo dia que internacionalmente é destinado a todos os trabalhadores. Data comemorativa escolhida em 1889, onde a segunda Internacional Socialista que se reuniu em Paris-França convoca todos os trabalhadores a manifestar-se anualmente pela conquista do direito a 8 horas diárias de trabalho, além de relembrar e homenagear os trabalhadores de Chicago que 3 anos antes convocaram uma grande greve geral a favor dos direitos trabalhistas e foram fortemente reprimidos. E é essa histórica data, que também é o dia do Operário Ferroviário e de toda sua torcida.

Por fim, vemos a escolha de nossas cores, o preto e o branco, esta combinação sóbria é carregada de simbolismos, representando a quebra de preconceitos e luta pela igualdade racial. Esta é uma coincidência, pois não existe qualquer relato oficial que sua escolha foi definida baseada nesta representação. Coincidência ou não, o Operário Ferroviário foi pioneiro desde sua fundação com a aceitação de sócios e atletas sem qualquer distinção racial, em uma época onde o futebol ainda era um esporte de brancos.

Em quase 100 anos de história, o Operário é definitivamente uma importante referência esportiva para a cidade de Ponta Grossa quando se trata de futebol. E isso foi conquistado a árduo trabalho e dedicação de muitos heróis alvinegros, que sempre doaram-se para o crescimento e avanço do Operário Ferroviário, não se abatendo nos momentos difíceis. Ou desistindo, correndo o risco de ser esquecido pelo tempo,como fez nosso eterno rival, Guarani, que simplesmente afastou-se do futebol profissional na década de 70 e hoje é apenas uma saudosa lembrança.

O Operário Ferroviário, de grandes atletas que deram a vida por este clube, de grandes conquistas desde o tempo do “futebol charmoso” e seu singular e acanhado primeiro campo de terra batida localizado próximo a onde encontra-se atualmente o colégio Divino Operário. Das grandes vitórias sobre nossos rivais, das grandiosas festas realizadas no temido Estádio Germano Kruger. O mesmo clube que bota medo nos clubes da capital e por isso é chamado de “Fantasma”. O mesmo Operário dos grandes times da década de 40,50,60 e 90. O mesmo alvinegro que superou o ostracismo e a morosidade causada pelo afastamento ocorrido na segunda metade dos anos 90 e seu posterior ressurgimento praticamente “das cinzas” ocorrido no ano de 2004.

Tudo isso é o mesmo clube, em suas diferentes fases, boas e ruins, que neste dia 1 de maio chega a seus 99 anos de história. E mais do que isso, é o grandioso Operário que chega aos seus 99 anos como a maior força do interior do Paraná.

Parabéns Operário Ferroviário Esporte Clube, pelos seus 99 anos de conquistas.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

2007 - Camisa Reserva do Operário Ferroviário

Olá a todos.

Hoje venho apresentar a nossos leitores, uma rara camisa do ano de 2007. Esta é uma camisa reserva utilizada em jogos pela segunda metade da divisão de acesso do Campeonato Paranaense.

Camisa esta produzida Oceano Esportes em um tecido leve e resistente, muito bem confeccionados, como a gola diferenciada, e os detalhes laterais. Uma camisa de futebol, através de suas características, pode dizer muito sobre o momento pelo qual um clube esteja vivenciando.

E esta camisa ainda demonstra a fragilidade na qual Operário ainda se encontrava, com a escassez de investimento de patrocinadores. Neste uniforme, o clube contava com apenas um único patrocinador, o Grupo Alerta, empresa pontagrossense especializada em segurança que firmou parceria com o clube no mês de maio deste respectivo ano.
A Divisão de Acesso em 2007

Aprofundando um pouco mais sobre a campanha alvinegra durante o ano de 2007, vemos que definitivamente, foi uma temporada que não deixou saudade alguma para o torcedor alvinegro.

O campeonato teve início no mês de março, e contou com 8 times na disputa: AFA Umuarama, Auritânia Foz, Campo Mourão, Francisco Beltrão, Operário Ferroviário, Pitanguense, Real Brasil, Toledo Colônia York. A forma de disputa, era de um único grupo, em jogos de ida e volta, sendo que as 4 melhores equipes disputariam um quadrangular final. Após isso apenas 2 clubes iriam ascender para a divisão principal do futebol paranaense no ano de 2008.

A campanha alvinegra durante a competição deixou a desejar, e nem de perto foi condizente com o nível que um clube tão tradicional como o Operário Ferroviário merecia estar, somando altos e baixos, e principalmente com uma seqüência de derrotas na reta final deixou o fantasma distante do acesso. Vamos relembrar a campanha alvinegra:

Turno
25/03/2007 - Operário 1x1 AFA Umuarama
01/04/2007 - Operário 1x0 Campo Mourão
08/04/2007 - Auritânia Foz 3x2 Operário
15/04/2007 - Operário 0x2 Francisco Beltrão
22/04/2007 - Real Brasil 3x3 Operário
29/04/2007 - Operário 0x0 Toledo CW
05/05/2007 - Pitanguense 0x2 Operário
Returno
13/05/2007 - AFA Umuarama 0x1 Operário
20/05/2007 - Campo Mourão 0x6 Operário
23/05/2007 - Operário 2x1 Auritânia Foz
27/05/2007 - Francisco Beltrão 2x1 Operário
30/05/2007 - Operário 0x2 Real Brasil
03/06/2007 - Toledo CW 6x2 Operário
06/06/2007 - Operário 3x1 Pitanguense

Após 14 rodadas, o alvinegro não consegue adentrar ao quadrangular final, dando adeus a competição com uma campanha com 6 vitórias, 3 empates e 5 derrotas. Sendo que a classificação final ficou a seguinte:

º Toledo Colônia Work 31 pontos
Francisco Beltrão 29 pontos
Real Brasil 27 pontos
Auritânia Foz Iguaçu 23 pontos
5º Operário Ferroviário 21 pontos
6º Campo Mourão 12 pontos
7º AFA Umuarama 9 pontos
8º Pitanguense 5 pontos

O time base do Operário Ferroviário durante a competição foi: Marcos, Henrique, Marcelo, Matos, Ritson, Alex; Anderson, Gomes, Neto, Fumaça e Maxwell. Sendo que o time em 3 meses de competição, contou com 3 treinadores, começando com Carlos Nunes que comandou o alvinegro por 3 partidas. Seu sucessor foi Paulo Roberto que comandou por mais 3 partidas, sendo que as demais ocorreram ao comando de Valmir Martins.

A constante troca não ficou somente no comando técnico, durante a competição o time sofreu várias modificações, inclusive com dispensas em massa.

Para quem se recorda, também foi nesta competição que técnico Valmir Martins e goleiro Marcos foram a vias de fato, fato este que inclusive causou o afastamento do técnico para tratamento médico durante o segundo jogo contra o Auritânia Foz . Enfim, com todo este cenário conturbado e até pouco profissional, realmente era difícil o time sair vitorioso na competição.

Também foi durante este campeonato que rolou o bingão de um fusca 1974, ocorrido no dia 29 de abril, no jogo contra o Toledo. Medida essa adotada pela diretoria para atrair mais torcedores para o Germano Kruger.
Por estas e outras, acho difícil encontrar algum torcedor com saudades desta época. Talvez as únicas coisas que possam causar saudades ao torcedor, era o valor do ingresso, de R$ 5,00 a inteira, e R$ 2,50 a meia entrada. Além da presença da cerveja com álcool.

Foto do Fusca: Thiago Moro
PS: E ai, quem será o felizardo que levou o fuscão pra casa?!?!

domingo, 24 de abril de 2011

Posicionamento Oficial Torcida Trem Fantasma

A Diretoria da Associação Esportiva, Recreativa e Cultural Trem Fantasma, torna público o nosso posicionamento sobre os fatos ocorridos durante o jogo Iraty x Operário Ferroviário, ocorrido no último sábado dia 24 de abril, no estádio Emílio Gomes.

Como todos sabem, desde nossa fundação ocorrida no ano de 2009, sempre mantivemos por ideologia apoiar e incentivar o Operário Ferroviário durante os 90 minutos de jogo, tanto no estádio Germano Kruger, como em qualquer outra praça desportiva do país.

E muitos estranharam nossa postura tomada a partir dos 40 minutos do segundo tempo de jogo, que pela primeira vez em nossa história, nos vimos obrigados a deixar de lado nosso apoio incondicional, para iniciar um protesto que a dias vem ficando entalado na garganta de boa parte do torcedor alvinegro.

Estranhamente, após os gritos de “cachaceiros”, e “time sem vergonha”; o elenco resolveu jogar bola, e facilmente encontrou o empate. Ai fica a pergunta, porque não jogar assim durante os 90 minutos de jogo?

E o mais impressionante, foi a cena vista após o gol, como forma de “revide”, alguns jogadores foram mostrar o dedo para a torcida presente, como se estivesse no direito de praticar tal ato. Basta apenas jogar bola com a seriedade que vinha sendo apresentada desde o início, que tudo isso seria evitado.

É de conhecimento de toda Ponta Grossa, as famosas noitadas promovidas por alguns jogadores do Operário Ferroviário em dia de semana pelos bares da cidade. Assim como também veio a público pela imprensa da cidade o envolvimento de jogadores com menores de idade, brigas em bares, e conflitos e queixas com administradores de condomínios, tudo isso regado a muito álcool.

Um atleta, de qualquer esporte, e nisto inclui-se o jogador de futebol, possui como ferramenta de trabalho o corpo. Ele deve zelar pelo seu preparo físico, para obter o melhor resultado final. “Encher a cara” de cachaça, não é uma atitude de alguém que se diz profissional, pois isso irá afetar diretamente seu rendimento.

O mais interessante, foi constatar, que tudo isso, só veio a público, coincidentemente no momento em que o time resolveu “passear” em campo, pouco se importando com o resultado.

O torcedor alvinegro não é palhaço, para pagar 20 reais no Germano Kruger, para ver desfile de boleiro. O que nutre e torna o Operário Ferroviário à potência que é, é o calor humano e sua imensa torcida, e ela deve ser respeitada.


Assim como ele deve ser muito mais respeitado fora de casa, pois este é o torcedor que se propõe a largar família, para colocar o pé na estrada e ver seu time. Tomando chuva, andando em ônibus velhos, gastando com alimentação, se expondo a conflitos com torcedores adversários. E tudo isso para apoiar o fantasma por 90 minutos. O mínimo que merecemos é respeito.

Por isso refutamos e menosprezamos o “atleta” (entre aspas mesmo) Vínicius, que mostrou o dedo e chamou este torcedor de “filhos da puta” em Irati. Um jogador como este não merece usar a mesma camisa utilizada por João Marcos, Joceli, Gracindo, Padréco, Sabino, Jairo, dentre tantos outros heróis alvinegros que honraram este time e encheram a torcida de orgulho Assim como aplaudimos Lisa, Osmar e Matheus, que contiveram os ânimos do jogadores mais exaltados, mostrando controle emocional e entendendo a crítica.

Estes mesmo jogadores não lembraram que a torcida, por eles ofendida, é a mesma que viajou o estado (e ano passado o Brasil) para apoiá-los, é a mesma torcida que pagava R$100,00, encarando as torcidas de Curitiba, pra apoiá-los e sempre dando seu show a parte. A mesma torcida que foi atrás do banco de reservas, pouco tempo atrás, pra apoiá-los e ajudar a fiscalizar quem estava sendo racista e prejudicando o técnico Amilton Oliveira. Aquela torcida que ao vê-los canta, pra mostrar que não estavam sozinhos. E o que recebemos? Ofensas, através de dedos e palavras, como “FILHO DA PUTA” por exemplo.
Vale lembrar o caso do famoso “mito” que passou por aqui ano passado, sentiu-se no direito de ofender a torcida e perdeu espaço.

A Trem Fantasma nasceu para exaltar nosso tão amado Operário, mas se for necessário vamos cobrar, protestar, contra tudo e contra todos, como sempre fizemos.

Aos jogadores, que acham que o Operário Ferroviário e a cidade de Ponta Grossa é uma colônia de férias o recado está dado. A mesma torcida que aplaude e incentiva, saberá também protestar e cobrar postura de nossos jogadores. Até agora nada está ganho, mesmo com a terceira colocação no campeonato, pois isso exigimos seriedade até o final do campeonato, afinal, jogadores vem e vão, mas nós estaremos sempre aqui, cantando e apoiando, como sempre fizemos e sempre iremos fazer.

Diretoria Torcida Trem Fantasma.

terça-feira, 19 de abril de 2011

O torcedor alvinegro



Como poderíamos definir o autêntico torcedor do Operário Ferroviário? Esta é uma resposta complexa de ser dada, onde não podemos cair em explicações únicas ou superficiais.

Seria um torcedor apaixonado ou fanático? Com certeza, mas paixão e fanatismo faz parte da essência de qualquer torcida de futebol. Mas o operariano além de somar estas características, se diferencia principalmente em sua formação e no objetivo de se acompanhar um time de futebol.

O operariano pode ser um ex-ferroviário que se orgulha do clube que representa até os dias atuais esta classe trabalhista que representou muito para a cidade de Ponta Grossa. Como também aquele velho senhor que relembra com emoção dos bons times do início das décadas de 80 ou 90.

Ou talvez um jovem torcedor que conheceu estes bons tempos apenas por relatos, e que por qualquer motivo pessoal resolveu acompanhar o clube de sua cidade, preferindo sentir a vibração da massa no bom e velho Germano Kruger, embaixo de chuva ou sol; há acompanhar um time qualquer na comodidade de seu lar pela televisão, abrindo mão de torcer para um time de maior expressão das quais poderia se vangloriar para seus amigos.

O autêntico torcedor de Vila Oficinas não vive necessariamente de títulos, pois ele compreende que a graça do futebol está muito além disso. Ele vive seu clube no dia a dia, vibrando com cada vitória como sendo especial e única.

*Texto de minha autoria, redigido para o FOCA LIVRE - Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da UEPG
**Foto: Guilherme Mendes de Mattos

terça-feira, 12 de abril de 2011

Cartaz da volta do Operário Ferroviário em 2004

Olá a todos.

Antes de começarmos a falar sobre a postagem de hoje, gostaria de pedir desculpas aos leitores do blog pelo período de inatividade e ociosidade do blog. Como alguns sabem, estou em meus últimos anos de faculdade, e tem certos períodos que o tempo fica meio escasso para me dedicar como deveria neste espaço.

Enfim, desculpas feitas, vamos ao que interessa.

Hoje apresento a vocês um material um pouco diferente. Para boa parte das pessoas pode ser um simples cartaz, mas para o torcedor operariano é a materialização e um importante documento, motivo de muita alegria.

Trata-se deste presente que ganhei recentemente do grande amigo Thiago Moro, organizador do www.operario.com, e uma das grandes referências de como ser um torcedor alvinegro. Este cartaz foi produzido para a divulgação do jogo de retorno do Operário Ferroviário em 2004, após praticamente uma década afastado do futebol profissional. O jogo ocorreu no dia 18 de abril de 2004, contra a equipe de aspirantes do São Paulo Futebol Clube.

Nesta data, foi definitivamente virada uma triste página de nosso passado, e apresentado oficialmente para toda a sociedade pontagrossense, e principalmente para a gigantesca torcida alvinegra a nossa volta.

De lá para cá muita coisa mudou, na próxima segunda feira, iremos comemorar apenas 7 anos daquela data.

Superamos toda a expectativa e dúvida existente, sofremos mais do que deveríamos penando na divisão de acesso, fizemos uma ótima campanha no estadual de 2010, voltamos a figurar no cenário nacional; e neste ano, estamos novamente apresentando esta memorável campanha no Campeonato Paranaense de 2011. Mas não somente os resultados conquistados em campos devem ser comemorados.

Devemos comemorar muito mais que isto.

Mandamos para longe a desconfiança de outros tempos, e o clube cresceu e muito. Reconquistamos novamente o carinho do torcedor pontagrossense, sendo motivo de orgulho para Ponta Grossa. E hoje vemos a formação de novos torcedores, e eles sim são muito importantes.

Através desta nova geração, sabemos que o Operário Ferroviário permanecerá vivo por longa data, como diz uma música "não existe estádio vázio, nem torcedor solitário". E também parafraseando um grande amigo meu, “tem coisas que não foram feitas para serem extintas, devem ser eternizadas para sempre”. E entre estas coisas, acredito que o Operário Ferroviário é uma delas, pois acima de tudo, ele é um patrimônio cultural de nossa cidade.

domingo, 10 de abril de 2011

Festa do Preto e Branco - Aniversário de 2 anos da Trem Fantasma

No próximo sábado, a Torcida Trem Fantasma irá realizar uma grande festa em comemoração a seus dois anos de fundação. Estamos convidando a todos os torcedores do Operário Ferroviário para comparecer ao Thribus Campestre comemorar com a gente este importante momento da maior torcida do interior do Paraná.

FESTA DO PRETO E BRANCO
TREM FANTASMA 2 ANOS
OPEN BAR!!!!
Data: 16 de abril de 2011 - sábado
Horário: 17 horas
Local: Thribus Campestre (próximo ao Campus Uvaranas da UEPG)
Ingressos: 20 reais sócios e mulheres, 25 reais não sócios
Bandas: Streides (rock and roll) e Curtição (pagode)

Ingressos antecipados disponíveis comigo.